Dando sequência ao projeto Elas no CNJ, apresentamos a entrevista com a Conselheira Daniela Madeira, como iniciou a carreira jurídica; trajetória profissional; principais projetos e atuação; e, por fim, o que pode ser feito para ampliar a participação de mulheres no Poder Judiciário.
Início da carreira
· Passou no concurso no ano de 2002;
· Fez vários concursos antes de ingressar na magistratura federal;
· Independentemente da carreira jurídica, seu grande sonho era ter uma profissão que pudesse ajudar o próximo.
· Sempre focou nos concursos do Ministério Público e da Defensoria, mas passou no primeiro concurso que fez da magistratura.
“O meu grande sonho era ter uma carreira jurídica que pudesse ajudar o outro, ajudar o próximo”.
Trajetória profissional
· Ao passar para juíza federal foi lotada na Capital do Rio de Janeiro;
· Depois foi lotada no interior: em Petrópolis/RJ, Campos/RJ e em Nova Iguaçu/RJ, baixada fluminense, onde passou 10 anos;
· Atuou na escola da magistratura do Tribunal;
· Fez mestrado na UERJ e doutorado na Universidade Complutense de Madrid;
· Ao retornar, foi trabalhar na Corregedoria do Conselho da Justiça Federal, com o Ministro Jorge Mussi;
“Foi um divisor de águas para mim, porque você começa a ter uma visão, pelo menos da Justiça Federal como um todo. Foi aí que eu vi a diferença do Nordeste, que não tem mulher, que é muito difícil entrar e que no TRF3 não é tanto assim, tem, mas essa divisão é um pouco menor”.
· Trabalhou na Turma Nacional de Uniformização (TNU);
· Coordenava o Centro de Inteligência do CJF;
· Trabalhou na Corregedoria Nacional de Justiça com a parte extrajudicial;
· Conselheira do CNJ no biênio 2024-2026.
Principais projetos e atuação
· Extrajudicial;
· Regularização fundiária – Solo Seguro;
· Registre-se;
· Um só coração – declaração de doação de órgãos;
· Ambiental;
· Inovação;
· Centro de Inteligência.
O que pode ser feito para ampliar a participação feminina no Poder Judiciário e nos Tribunais Superiores?
“Apoiar as mulheres, tentar se articular politicamente, que é algo que a gente não faz”.
· As mulheres precisam se fortalecer politicamente;
· Cursos de capacitação de lideranças femininas;
· Aprender a liderar;
· Indicar mulheres para composição de mesas, de grupos de trabalho;
· Precisamos de atitude no processo de indicação de mulheres para ocupação de espaços;
· Retirar um pouco da culpa em relação à distância na criação dos filhos, o que vai acontecer quando outras mulheres estiverem em cargos de direção;
· Precisamos de mulheres em posições estratégicas para puxar outras mulheres.
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